Contaminação do Paraopeba exigiu que Prefeitura de Pará de Minas tomasse frente de ação para garantir abastecimento de água. Pulso firme da Administração afastou possibilidade de racionamento.
Há um ano Pará de Minas era uma das cidades mais prejudicadas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Logo nas primeiras horas após o desastre, a população e as autoridades se viram diante da preocupação do município sofrer mais uma vez com a falta de água. Os rejeitos da mineração contaminaram o Rio Paraopeba, principal fonte de abastecimento da cidade.
Sem a água do Paraopeba era grande o risco de Pará de Minas sofrer com um novo racionamento. Mas, a Prefeitura, junto com o Ministério Público e a sociedade civil organizada, exigiu que a Vale garantisse o abastecimento da cidade com a construção de um novo sistema de captação próximo a Córrego do Barro e a adutora do Rio Pará. “Imagine só uma família ficar 20 dias sem água em casa, seria um verdadeiro caos. Não deixamos isso acontecer. Conseguimos um dos primeiros Termos de Ajustamento de Conduta firmados com a Vale. Nem mesmo municípios como Mariana e Brumadinho conseguiram sanar seus problemas. Pará de Minas deu exemplo para toda Minas Gerais”, disse o Prefeito Elias Diniz ao visitar a região de Meireles, por onde passará a nova canalização.
A primeira parte das exigências da Prefeitura, que foi garantir o abastecimento de água no período de estiagem de 2019, foi cumprido pela mineradora. Diante do compromisso com a Administração Municipal e o Ministério Público, a Vale construiu um novo sistema de captação da água de dois Ribeirões na região de Córrego do Barro. “Mostramos para a sociedade que, quando se tem pulso firme, conseguimos trazer grandes resultados, não houve rodízio, não houve desabastecimento e isso é o principal. Essa obra também foi uma oportunidade de geração de emprego”
A construção da adutora de aproximadamente 50 quilômetros, custeada pela mineradora, segue o cronograma. A previsão é que a obra seja concluída no mês de julho.
