Data reforça necessidade de prevenção e cuidado com a saúde entre a população feminina
O dia 28 de maio é de extrema importância para as mulheres. A data marca duas lutas para a saúde feminina: o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Ambos têm como objetivo chamar a atenção e conscientizar a sociedade dos diversos problemas de saúde e distúrbios comuns na vida das mulheres.
A prevenção da mortalidade materna começa antes mesmo da gravidez, com a consulta de planejamento familiar, em que são identificadas quais são as doenças de base da mulher e como tratá-las. Além disso, são estabelecidas medidas preventivas, como melhoria da alimentação e prática de atividades físicas.
“A gente deve frisar que esse é um acompanhamento multidisciplinar. Contamos com o apoio da fisioterapia, da enfermagem. Então, é bom as pessoas saberem que podem ter acesso a esse serviço gratuitamente”, diz a médica Stela Melo Cáffaro, que atua na Unidade Básica de Saúde (UBS) da parte alta do bairro Santos Dumont.
Stela explica que a mortalidade materna refere-se a qualquer morte materna no período de gravidez, durante o parto ou no pós-parto (até 42 dias após dar à luz). De acordo com ela, as três principais causas desse tipo de morte no Brasil são a hipertensão, a infecção no pós-parto e as hemorragias. “Nesses três casos, conseguimos reduzir a mortalidade com o atendimento prévio. A hipertensão, por exemplo, pode ser controlada se a mulher comparece a uma consulta antes de engravidar. A chance de haver complicações diminui”.
O último registro de mortalidade materna em Pará de Minas é de 2017. Para a médica, isso significa que as medidas de prevenção e promoção à saúde adotadas no Município estão funcionando bem. Porém, ressalta a necessidade de a gestante sempre procurar uma UBS, para reduzir não só a mortalidade materna, mas também a infantil, pois uma está ligada à outra. Quando é identificado um alto risco, ela é encaminhada ao Ambulatório Médico de Especialidades (AME), onde é acompanhada por ginecologista, obstetra e enfermeira. Todas as consultas e exames são realizados por meio do SUS.