Data chama a atenção para a importância da realização do teste nos recém-nascidos
O Teste do Pezinho é o nome popular dado à coleta de sangue no calcanhar dos recém-nascidos para a identificação precoce de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que, quando tratadas precocemente, possibilitam o desenvolvimento físico e mental adequado das crianças.
O Dia Nacional do Teste do Pezinho, instituído pela Lei nº 11.605/2.007, busca informar à população sobre os objetivos do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a importância da realização do teste e sua obrigatoriedade para todos os recém-nascidos.
Médica pediatra no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), a Dra. Guaniara Cunha diz que o Teste do Pezinho faz parte da Triagem Neonatal, composta também pelo Teste do Coração, do Olhinho e da Orelhinha. “Ele é extremamente importante e deve ser levado a sério pelos pais, pois, através dele, são pesquisadas, atualmente, seis doenças. Se houver atraso na detecção, a criança poderá ter problemas de crescimento, deficit cognitivo e ficar com sequelas”.
De acordo com a médica, toda criança tem direito à realização do teste, que pode ser feito em qualquer UBS. Ela afirma que além de importante, ele é fácil e rápido. “É feita uma picadinha no calcanhar da criança, retirada uma gotícula de sangue e aplicada no papel-filtro. Em seguida, o papel é direcionado ao laboratório para análise. Caso haja alguma alteração no exame, a criança é acompanhada para fazer um teste confirmatório. Se for detectada alguma doença, ela será tratada adequadamente”, diz.
A coleta de sangue deve ser feita, preferencialmente, entre o 3° e o 5° dias de vida e sempre após 48 horas da primeira amamentação/alimentação do recém-nascido. Não há impedimento para as crianças que passarem do prazo indicado, porém, quanto mais cedo for realizada a coleta mais precocemente será iniciado o tratamento dos pacientes afetados.
No último dia 26 de maio, o Governo Federal sancionou uma lei que permite a ampliação do diagnóstico de doenças através do Teste do Pezinho. As mudanças serão colocadas em prática pelo SUS a partir de maio do ano que vem. Segundo a Dra. Guaniara, o teste passará a poder detectar até 53 doenças. “São doenças tidas como raras, no entanto, elas acontecem. São graves e, como eu disse, se não forem identificadas precocemente, podem gerar problemas sérios. Portanto, é uma conquista muito importante para a sociedade”, completa.