Sagrado Primitivo encanta a todos na abertura da exposição.
A poesia da vida foi expressada nas cores vivas e imagens vibrantes nas pinturas do artista plástico pará-minense Geraldo Lacerdine. As telas retratam a força, a fé e a luta pela igualdade social. A exposição “Sagrado Primitivo: o intermédio de dois mundos”, foi aberta ao público nesta terça-feira, 6 de novembro, e estará exposta até o dia 28/11, na Casa da Cultura (Praça Torquato de Almeida, 26).
Geraldo Lacerdine é ex-padre jesuita. A força de sua arte acabou por fazê-lo se decidir pela pintura. Afirma que, por meio dela, ele poderia falar de Deus de uma maneira mais forte. Suas obras mostram pessoas que sofrem exclusão social. O espectador, ao se depararar com suas telas, reflete sobre injustiça social, resistência e preconceito. “Achei as pinturas bonitas porque elas expressam a bondade. Mostram figuras negras, porém boas. Eu, por exemplo, sou negro e não sou mau”, disse Pedro, aluno da Escola Estadual Torquato de Almeida, que participou de uma visita guiada pelo próprio artista Lacerdine.
Na noite de abertura, Lacerdine presenteou o público cantando acompanhado de viola caipiria, contou histórias reais e alguns casos. A apresentação ocorreu no Teatro Municipal Geraldinha Campos de Almeida e, em seguida, o artista promoveu lançamento e sessão de autógrafo do livro “Sagrado Primitivo: o intermédio de dois mundos”, Edições Loyola, que acompanha a exposição. “Para mim é uma honra estar em Pará de Minas e poder expor meu trabalho na minha terra natal”, disse Geraldo.
Lacerdine fez também uma doação de uma de suas obras para a Casa da Cultura. A peça irá integrar o acervo da Galeria de Arte Permanente Jerônimo Marcucci.