Médica Pediatra reforça a importância da amamentação para a saúde das pessoas
O Agosto Dourado, termo criado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em 2017, chama a atenção para a importância do aleitamento materno no desenvolvimento das crianças. Nos últimos anos, durante o mês de agosto, passaram a ser divulgadas no Brasil diversas orientações sobre os benefícios do leite materno, com o intuito de incentivar as mães a não deixarem de amamentar seus filhos.
Em Pará de Minas, várias ações de incentivo ao aleitamento materno estão sendo promovidas pelas equipes de Estratégia Saúde de Família, nas Unidades Básicas de Saúde e em espaços públicos.
Segundo a Dra. Guaniara Cunha, Médica Pediatra no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), o leite materno é tido como “padrão ouro” da alimentação infantil. “É um alimento completo, inigualável. Ele contém todos os nutrientes para a criança crescer e se desenvolver plenamente”.
Dentre os benefícios da amamentação, a Pediatra cita o melhor desenvolvimento intelectual, a redução de casos de pneumonia, diarreia e infecção de ouvido, por exemplo. Além disso, através do leite materno a criança recebe partículas como glóbulos brancos, anticorpos e bactérias benéficas para a flora intestinal.
São efeitos a curto e a longo prazo. “A criança que é amamentada hoje, lá na frente, na fase adulta, tem menos chances de desenvolver hipertensão arterial, diabetes tipo 2, asma, doenças alérgicas, obesidade e sobrepeso”, observa a Dra. Guaniara. A mãe também obtém vantagens, como a redução do índice de câncer de ovário e de mama e de depressão pós-parto. “São só efeitos positivos. Por isso que devemos incentivar sempre o aleitamento.”
Ela ressalta que é necessário apoiar tanto as mães que podem amamentar quanto aquelas que, por algum motivo, não conseguem ou não desejam. “Algumas mães tentam, mas não têm sucesso na amamentação. Isso pode acontecer. Há também as que não querem, e isso é uma decisão pessoal, que deve ser respeitada”.
A rede de apoio inclui, de acordo com a Pediatra, a família, os colegas de trabalho, o empregador, o hospital que recebe a paciente, os profissionais de saúde (em todos os níveis) e a sociedade, de forma geral. “A amamentação não deve ser solitária. Ela tem que ser compartilhada”, completa.