Pará de Minas cobra da Mineradora Vale alternativas para que a cidade não fique desabastecida.
Na manhã desta sexta-feira, 15 de fevereiro, se reuniram mais uma vez os membros do Comitê de Gestão e Avaliação de Resposta ao Desastre, criado pela Prefeitura de Pará de Minas para acompanhar a situação de emergência decretada pelo Prefeito Elias Diniz no último dia 4, motivada pela contaminação do Rio Paraopeba. O tom dessa segunda reunião foi a cobrança de ações mais efetivas da Vale para que a cidade não sofra de novo com falta d’água. “Estamos trabalhando preventivamente. A tragédia de Mariana nos deu um alerta. Conversei com o Prefeito de lá e com o de Brumadinho e fomos alertados que tudo deve ser feito por escrito para que o Ministério Público acompanhe e notificar a Vale dentro do que foi acordado”, disse o Prefeito Elias Diniz.
“Temos o histórico negativo de Mariana. É tudo muito bonito, as promessas são muito bacanas, a Vale vem, diz que vai fazer e traz projetos. Na prática, a maioria das necessidades não é atendida. O que nós precisamos é que a empresa abra o guarda-chuvas financeiro e garanta pra gente que ela consegue fazer o necessário para fornecer os 300 litros de água por segundo que Pará de Minas precisa”, disse José Hermano Franco, Coordenador do Comitê de Gestão.
“O que a gente precisa, e estamos cobrando junto com todos os membros do comitê, são exatamente cronogramas e ações contundentes da Vale para manter Pará de Minas abastecida com água”, disse Thiago Contage, Superintendente da Águas de Pará de Minas.
A assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta entre a Vale e a Prefeitura de Pará de Minas, endossado pelo Ministério Público, é uma das expectativas para esta semana. “Não queremos nada verbalizado. As coisas têm que estar escritas pra que a gente possa cobrar a responsabilidade da Vale. Já estamos alinhando isso junto com o Ministério Público”, completou o Prefeito.