Atividade auxilia no tratamento de diversas doenças
Uma parceria entre as Secretarias de Cultura e Comunicação Institucional, de Assistência e Desenvolvimento Social e de Saúde está viabilizando a disponibilização de um serviço pioneiro pela Prefeitura de Pará de Minas: a musicoterapia. As atividades, abertas à população em geral, estão sendo coordenadas pela Escola Municipal de Música Geraldo Martins – Geraldinho do Cavaquinho.
A musicoterapia é um campo da ciência que estuda o ser humano, suas manifestações sonoras e os fenômenos que decorrerem da interação entre as pessoas e a música, o som e seus elementos. Utilizando a música como ponto de partida para a construção de um processo terapêutico, ela trabalha no cuidado de sintomas físicos, emocionais, estimula a memória e contribui no alívio da ansiedade e do estresse, trazendo qualidade de vida aos pacientes.
Aliando arte e saúde, a musicoterapia serve para promover a comunicação, expressão e aprendizado, além de facilitar a organização e a forma de se relacionar dos indivíduos. Se utilizando de instrumentos como o canto, percussão, cordas e outros para o tratamento de diferentes tipos de distúrbios, a musicoterapia ainda é capaz de atuar na área da reabilitação motora, emocional e psíquica e no restabelecimento das funções físicas, mentais, emocionais e sociais causadas por eventos diversos.
De acordo com Walkiria Salgueiro, Diretora da Escola de Música, o próprio interessado pode buscar o tratamento, ou ele pode ser encaminhado por uma UBS. Ela diz que inicialmente o projeto conta com 10 alunos por semana, mas a ideia é atender até 90. “A musicoterapia não tem uma duração definida. O processo varia de pessoa para pessoa, como uma terapia comum”, acrescenta.
Os atendimentos são realizados na própria Escola de Música ou na Secretaria de Cultura, caso haja alguma necessidade especial. Eles acontecem semanalmente, com duração de 50 minutos, e são feitos por um profissional com formação específica em musicoterapia. Podem haver atendimentos individuais ou em grupos de até quatro pessoas, de acordo com a demanda.
Andréia Xavier Paulino, Secretária Municipal de Cultura e Comunicação Institucional, afirma que a ideia de implementar a atividade veio através da Assistência e Desenvolvimento Social e foi “abraçada” pela Cultura e pela Saúde. “Tudo aquilo que move, que modifica a vida de alguém é muito válido. É uma proposta totalmente inovadora e tem muito a somar nos dias de hoje”.
O Secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Flávio Medina, diz que a ação é pioneira em Pará de Minas, e ressalta a necessidade das pessoas interessadas na musicoterapia estarem inscritas no CadÚnico. “Essas pessoas inscritas poderão procurar a Escola de Música, onde preencherão um formulário. No futuro, pegaremos a opinião dessas pessoas sobre o projeto e, quem sabe, poderemos buscar mais recursos para ampliá-lo”.
Sérgio Antônio Lopes, musicoterapeuta, diz que a atividade é uma forma de comunicação não-verbal. “É possível fazer com o que o paciente se adeque ao tratamento respondendo aos comandos que a própria música dá. A música entra e depois é colocada para fora, externando a ansiedade e os desejos”. Ele observa que, dentro da musicoterapia, é possível trabalhar com todas as síndromes neurológicas, como Alzheimer e Parkinson, por exemplo. “Conseguimos ter excelentes resultados com esses grupos de pessoas”.