Evento fez parte da programação em comemoração ao Dia Internacional da Mulher
Na terça-feira, 10 de março, a equipe do Centro de Referência em Assistência Social Augusto de Oliveira Duarte, do bairro Walter Martins, realizou uma programação especial para celebrar o Dia Internacional da Mulher. “Nós tivemos um cronograma de palestras para tratar as temáticas do feminismo e do feminicídio, fizemos uma aula de yoga e realizamos um grupo com as crianças onde por meio de ilustrações, foi trabalhada a valorização da mulher como a figura mais importante na vida delas”, explicou Wanessa Águida de Oliveira, Coordenadora do CRAS Walter Martins.
O Prefeito Elias Diniz aprovou a iniciativa dos servidores. “Nós consideramos março como o mês da mulher pois ela exerce um papel importantíssimo na sociedade. O que a gente pede é que nossos colaboradores continuem com essa missão de servir, serem verdadeiros acolhedores e nós continuaremos dando todo o apoio e ajuda naquilo que for possível dentro dos nossos aparelhos”, disse Elias.
O feminicídio é, basicamente, o homicídio ocorrido contra uma mulher em decorrência de discriminação de gênero, podendo também ser motivado pela violência doméstica. No último dia 9, a Lei do Feminicídio, nº 13.104/15, completou cinco anos. Porém o índice dos casos de violência continua aumentando. “A mulher precisa ter noção das etapas do feminicídio, pois geralmente começam com brincadeiras maldosas, com o isolamento e tem diferentes níveis até que chegue ao homicídio. Então, o meu objetivo aqui hoje é alertar a mulher pra que ela perceba que precisa dar um basta. Porque nós temos condições de decidir o que é melhor pra nossa vida”, ressaltou a Advogada Andréia Faria.
Marília Aparecida Paulino é Assistente Social e foi vítima de um relacionamento abusivo durante cinco anos. Segundo ela, compartilhar suas experiências é uma forma de ajudar outras mulheres a se libertarem.“O intuito desse trabalho é levantar a autoestima da mulher e tirá-la do cenário de violência doméstica. Elas têm muito medo e por isso eu decidi contar a minha própria história, para motivá-las a tomarem uma iniciativa e darem um basta nessa situação”, explicou Marília.
“Eu mesma já fui vítima da violência doméstica. Hoje estou bem, cuido dos meus filhos sozinha. Então principalmente pra nós mulheres é muito importante debater esses assuntos porque é um começo pra nossa independência” relatou Graciliane Fonseca, moradora do bairro Cecília Meireles.