Novas tecnologias para o combate ao Aedes aegypti

Entrou na segunda fase o estudo de novas alternativas de controle do mosquito Aedes aegypti realizado em Pará de Minas pelo Governo do Estado, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, desde o mês de outubro. Na primeira etapa foram instaladas armadilhas para captura dos insetos e dos ovos. Agora, os pesquisadores iniciaram a fase de eliminação do transmissor da dengue.

Durante a última semana foi realizada a capacitação da equipe dos Agentes de Combate à Endemias e o início da utilização das novas metodologias de controle nos bairros JK e Esplanada. A partir dos dados apurados semanalmente com a instalação das armadilhas, será possível avaliar o impacto das ações adotadas. Uma das formas de eliminação do mosquito que fazem parte do estudo é o chamado Aero system, inseticida  aplicado em todos os cômodos das casas. Pará de Minas, graças à parceria com a Prefeitura, é a única cidade de Minas Gerais a receber o projeto que servirá de referência para todo o estado.

“Nosso interesse é desenvolver metodologias que possam impactar melhor e que não haja casos de dengue, chikungunya, zika ou qualquer outro vírus que o Aedes aegypti possa transmitir”, ressaltou Ima Braga, Pesquisadora e Presidente da Rede Latino Americana de Controle de Vetores.
Parceira do projeto, a Secretaria de Estado de Saúde enviou a assessora da Vigilância Epidemiológica, Carolina Amaral, para acompanhar o trabalho em Pará de Minas. Segundo ela, os recursos que  estão sendo implementados aqui em Pará de Minas são aditivos aos que já vem sendo utilizados. “Inicialmente, eles não vão suprir toda a necessidade do processo de controle desses vetores, mas complementarão as medidas que já existem”, explicou ela.

“As metodologias preconizadas pelo programa de controle de vetores não têm dado o resultado que a gente espera. Por isso, estamos buscando outras formas com esse trabalho em Pará de Minas”, disse José Bento Pereira Lima, Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.

Segundo o Prefeito Elias Diniz, os dados que serão obtidos por meio dessa pesquisa, que vai durar praticamente um ano e meio, poderão ser compartilhados com o Brasil inteiro. “Imagine só quantas vidas poderemos salvar! Essas técnicas, esses procedimentos e esse trabalho conjunto que está sendo elaborado aqui em Pará de Minas vão resultar em um documento que será compartilhado com outros municípios”, disse o Prefeito Elias Diniz.
A Prefeitura pede para que a população colabore com o trabalho, recebendo bem os Agentes de Combate a Endemias que visitam residências de todas as regiões da cidade.