Documento prevê providências para que Pará de Minas não fique sem água. Contaminação do Rio Paraopeba motivou a decisão.
Pará de Minas está em situação de emergência por causa da contaminação da água do Rio Paraopeba. O Decreto foi assinado pelo Prefeito Elias Diniz na tarde de segunda-feira, 4 de janeiro.“Nós já adotamos todas as medidas cabíveis, dentre elas o Formulário de Informações do Desastre (FIDE), fizemos a Declaração Estadual de Atuação de Emergência (DEATE) e a Declaração Municipal de Atuação Emergencial (DMATE). A partir desses documentos, fizemos o Decreto de Situação de Emergência. Nós não podemos deixar a população desabastecida de água. Ao mesmo tempo, precisamos tomar diversas medidas preventivas, oferecendo água de qualidade a todos, inclusive à população ribeirinha.
A proibição da captação da água do manancial atingido pelos rejeitos da barragem da mineradora Vale justificou a elaboração do documento que possibilita à Prefeitura tomar uma série de providências para garantir que a cidade seja abastecida com água de qualidade. Entre elas a desapropriação de áreas e a dispensa de licitação para contratação de serviços. “Se for necessário fazer um procedimento de captação de água em outro local, como o Rio Pará e o Sistema Serra Azul, por exemplo, Pará de Minas tomará todas as providências cabíveis junto à Vale. Além disso, criamos um comitê gestor para darmos transparência à população de todas as medidas”, explicou o Prefeito.
Desde a noite do dia 29 de janeiro, a cidade não é abastecida pela água do Paraopeba. “Conforme os estudos apresentados, os ribeirões dos Paivas e Paciência, onde nós fazemos a captação, tem um volume restrito. Agora no período das águas, ele pode estar com boa capacidade, mas no período de estiagem, mesmo com a complementação dos poços artesianos, não é suficiente. Estamos tomando essas medidas agora, para quando chegar o período de estiagem não faltar água”, completou Elias Diniz.