Antena de telefonia instalada no Bairro Santos Dumont compromete a segurança das operações, mas Prefeitura agiu rápido e exigiu a adequação do equipamento.
Na última segunda-feira, 15 de abril, o Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica, emitiu uma notificação à Prefeitura de Pará de Minas, informando a suspensão temporária das operações do Aeroporto Municipal, por um período de 180 dias a partir do dia 2 de maio. A decisão foi motivada pela presença de uma torre de telefonia celular que está em inconformidade com as normas da área de segurança em volta do aeroporto. No entanto, a Prefeitura tomou frente do problema, agiu rápido e já nesta quarta-feira, 17 de abril, determinou que as operadoras de telefonia que usam a antena reduzissem a altura do equipamento. Assim, serão atendidas as exigências quanto às normas de segurança, garantindo a continuidade das operações no aeroporto. “Entramos em contato com as empresas TIM, Algar e Claro. Elas haviam sido notificadas diversas vezes, para que fizessem a adequação. Diante da falta de providências dessas empresas para sanarem o problema, o Município tomou a atitude. Se elas não retirarem os equipamentos e parte da torre, nós vamos fazer isso por nossa conta, o que não podemos é deixar o aeroporto parar”, disse o Prefeito Elias Diniz ao visitar a torre de telefonia na manhã de quarta-feira, 17.
A altura máxima permitida para a antena no local onde está instalada, duas ruas abaixo do aeroporto, é de 22 metros. “Hoje, a torre tem 46 metros e isso compromete a segurança dos voos. Não podemos abrir mão da segurança quando falamos do nosso aeroporto”, disse Elias.
O Aeroporto de Pará de Minas, registra por ano, aproximadamente 15 mil pousos e decolagens. O fechamento, segundo o Prefeito, seria um prejuízo enorme para a cidade. “São aproximadamente 250 aeronaves que teriam que ficar no pátio, sem falar em outras que não poderiam pousar no nosso aeroporto. O Aeroporto de Pará de Minas, quando falamos de aeronaves de pequeno e médio porte, é um dos maiores da América do Sul. Seria uma perda imensurável essa interdição, mas nós não vamos deixar isso acontecer”, completou o Elias.