Castração, chipagem e identificação serão realizadas no CCZ por meio de parceria público-privada.
A Prefeitura de Pará de Minas, o Ministério Público, representantes da sociedade civil e órgãos de defesa do meio ambiente assinaram um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta com o objetivo de iniciar o desenvolvimento de projetos para solucionar o problema do aumento da população de cães e gatos nas ruas na cidade, por meio de castração.
Para colocar o projeto em prática, a Prefeitura realiza obras e adaptações físicas na estrutura do CCZ – Centro de Controle de Zoonoses. Foi construído no local uma sala de cirurgia, onde serão realizadas as castrações e dez baias individuais para acolher cães e gatos no pós-operatório. A partir do dia 1º de julho a unidade, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, terá capacidade para realizar, além da castração, a identificação e a chipagem dos animais. “A construção e adequação da estrutura do CCZ foi o compromisso assumido pela Prefeitura. A Ama Pangéia está conosco nesse objetivo. Essa parceria é de grande importância para a nossa cidade. Já a partir do dia 1º de julho vamos fazer pelo menos 20 castrações. Começaremos com os animais que já estão abrigados no CCZ”, disse o Prefeito Elias Diniz. “Estudamos a situação e encontramos nesse projeto um passo para a solução desse problema relacionado aos animais em Pará de Minas. A Ama Pangéia vai assumir a compra de parte dos insumos e materiais para a realização da castração, além de um trabalho educativo direcionado especialmente às crianças”, disse Kenede Antônio dos Reis, Presidente da Ama Pangéia.“Vamos trabalhar nesse primeiro momento somente com animais de rua e os que estão no CCZ”, disse Paulo Duarte, Secretário Municipal de Saúde.
Outra parte do projeto é dar um novo lar aos animais que forem castrados e identificados. “Vamos incentivar a realização de feiras e encaminhar os cães e gatos para adoção”, disse Elias Diniz. “Quando falamos em feiras de adoção, queremos conscientizar a população sobre a guarda responsável desses animais. E agora isso será controlado, por meio de um chip que será implantado nos bichinhos. Se por acaso uma pessoa adotar um animai e depois devolvê-lo à rua, será responsabilizada criminalmente por isso. Já os animais que não forem adotados, serão devolvidos às ruas, desde que não ofereça risco à população. Por lei a Prefeitura não pode abrigar animais no CCZ”, explicou Paulo Duarte.
A sociedade civil, representada por pessoas engajadas na causa animal comemorou a iniciativa da Prefeitura de Pará de Minas. “Estamos esperando isso há anos, batalhando há muito tempo como protetores independentes. A gente sempre quis a ajuda de um secretário de saúde e nunca tivemos. Foi a primeira vez que a Secretaria de Saúde abriu o espaço pra nossa causa. Sentamos à mesa junto com o secretário Paulo Duarte e representantes das ONG’s e agora fizemos essa parceria. É grande um passo que damos em busca da solução desse problema dos animais de rua em Pará de Minas”,
disse Silvânia Shirley Rodrigues.