O objetivo da Casa da Cultura é propor um natal bonito, diferente, de todas as raças e culturas
Para muitos, o mês de dezembro é sinônimo de renovação. Marcado pelo nascimento do Menino Jesus, o presépio é a representação mais antiga da narrativa cristã que continua presente nos lares, igrejas e pontos turísticos.
Apesar de tradicional, com o passar dos anos, o presépio vem ganhando releituras variadas. Alguns mais luxuosos e outros mais singelos, mas o que se destaca é a criatividade. Assim, surgiu o Presépio Africano, exposto na Casa da Cultura, em Pará de Minas.
O objetivo da Casa da Cultura é “propor um Natal bonito, diferente, de todas as raças e culturas”, como explica o Artista Plástico João Batista Leite. “Aqui nós temos um presépio que conta o nascimento de Jesus em figuras que representam a África. Temos negros fortes, reis, que possuem cultura e riquezas e também estamos focando na mulher. Uma delas é a mãe negra, uma pastora que trabalha e luta. Porque Jesus nasce no coração de todos nós, de todas as raças, todos os dias e não só no Natal. É a junção de culturas, coisas bonitas e religiosidade”, disse João Batista.
Além de trazer uma perspectiva diferente para a representação do presépio, João Batista também se preocupou em trabalhar com materiais sustentáveis.
“Eu utilizo papelão e plástico, pra fazer redução de lixo e trabalhar a conscientização. Ao mesmo tempo, em vez de plantas verdes eu uso plantas secas para simbolizar a natureza, as colocando em um lugar de vida. Porque se a gente fala de vida, a gente não pode destruir nenhuma de suas formas”, disse João Batista.
O Presépio Africano pode ser visitado de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, no primeiro andar da Casa da Cultura.